BofA rebaixa recomendação do Brasil e fica neutro em bolsa pela 1ª vez desde 2022

O banco cortou o Brasil de overweight para market-weight em meio ao enfraquecimento de gatilhos domésticos e devido a uma visão cautelosa em relação ao petróleo e ao minério de ferro

Estratega de BofA dice que las acciones están cerca de generar una señal de venta
Por Vinícius Andrade - Barbara Nascimento
11 de Junho, 2025 | 12:22 PM

Bloomberg — O Bank of America rebaixou a recomendação para as ações brasileiras, adotando uma postura neutra em relação à bolsa local em seu portfólio latino-americano pela primeira vez em cerca de três anos.

O banco cortou o Brasil de overweight (exposição acima da média do índice de referência) para market-weight em meio ao enfraquecimento de gatilhos domésticos e devido a uma visão cautelosa em relação ao petróleo e ao minério de ferro — as principais commodities para o índice local, disseram estrategistas, incluindo David Beker, em nota nesta quarta-feira (11).

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A baixa visibilidade sobre as taxas de juros de longo prazo do Brasil e o potencial de lucros para 2026 pode prevalecer devido às preocupações fiscais e às eleições marcadas para o próximo ano, segundo o BofA.

O movimento vem após o Ibovespa subir mais de 13% no acumulado do ano. No mesmo período, o índice MSCI Brasil ganha mais de 20%, impulsionado por uma diversificação para além da bolsa americana e pela percepção de que o ciclo de aperto de juros no Brasil está perto do fim.

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Do lado positivo, o banco acredita que as empresas brasileiras estão simplificando seus balanços e vê sinais positivos nos números reportados no primeiro trimestre. O BofA recomenda exposição a ações domésticas e incluiu Hypera em seu portfólio para a região.

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